A POLÍTICA DAS CONTRADIÇÕES NA COLUNA DESTA QUARTA-FEIRA.

Infelizmente o histórico político da nossa região é pautado por rivalidades, extremismos e fanatismos de partidários de todos os lados. Essa forma de pensar sempre restrito à determinadas bandeiras é uma das coisas que fazem com que nossa região fique sempre ameaçada por crises, e permaneça esquecidas por políticos oportunistas, principalmente deputados, que vem aqui a cada quatro anos. É preciso pensar grande. Somos cidadãos, somos trabalhadores, temos o direito de posicionarmos politicamente e ideologicamente da maneira que acharmos melhor pra nossa sociedade, esse direito que temos foi garantido pelas leis e através do tempo, através de muitas vidas ceifadas, muitos morreram para nos dar o direito de falar, de ouvir, então nós devemos saber usar esse direito de forma clara, e quando tratarmos a coisa pública devemos ter o máximo de imparcialidade. Independente de bandeira partidária, acredito que é unanimidade entre nós desse grupo, que o Pólo de Confecções precisa estar unido para evitar a decadência e a crise que está estragando tantos pólos industrias Brasil afora.
É explícito que na política permeia o individualismo, pois priorizam-se os interesses próprios em detrimento da coletividade, criando assim um ambiente de antagonismo dos pensamentos quando nas campanhas eleitorais o povo grita por melhorias nos serviços públicos, na qualidade de vida, etc. Esse mesmo povo que mantém a mente "eclipsada" no período das campanhas milionárias, verdadeiros espetáculos, frutos de dinheiro adquirido muitas vezes com suor de muitas pessoas ( isso quando não se usa a máquina pública), e resolvem financiar a mentalidade supérflua de uma minoria que se prevalece pelo grito, pelo som e pelos fogos. Esse mesmo povo que se mantém refém durante várias gestões, da incompetência, da ineficiência, da falta de transparência e sobretudo, da inoperância dos poderes públicos locais. Infelizmente, essas práticas de compras de votos é uma realidade não só em Toritama, mas no país inteiro, no entanto, vemos aqui nesta cidade uma particularidade que não podemos ignorar, o poder aquisitivo, o forte quadro industrial e empregador, de uma economia balanceada que ampara a região do agreste setentrional, onde muitos enchem o peito para falar de uma "quase ausência" de desemprego. Méritos são vários para se avaliar em muitos aspectos, mas os deméritos também existem. Essa mesma cidade onde quase nao existe desemprego, é a mesma cidade onde a politicagem é predominantemente a força motriz, capaz de usar a Prefeitura como cabide de empregos, como se fôssemos uma cidade "sem emprego".
Essa mesma cidade que vislumbra ser uma protagonista nacional da produção de jeans, é a mesma cidade onde o empresariado mal conseguem se unir para realizar um Festival que na teoria iria beneficiar à todos. Outro dia tive a oportunidade de conversar com um político da aristocracia toritamense, e tive a infelicidade de ouvir dele que PLANO de GOVERNO não faz parte do seu vocabulário, ou seja, ele é adepto do imediatismo, do assistencialismo, talvez da imprecisão dos variados interesses que um Poder Público aglutina. Eu pergunto à quem me possa responder: Como se trabalha sem planejamento??? É possível??? Como os pais de famílias criam seus filhos sem planejar seu futuro??? Logo esse político que tanto sonha em administrar nossa cidade no futuro. Toritama é uma terra de contradições!!!
(FILIPE LUCENA)