Jucazinho suspende abastecimento por 48 horas para evitar colapso.

A barragem de Jucazinho em Surubim, no Agreste de Pernambuco, vai parar pelos próximos dois dias. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), uma balsa flutuante será instalada para captar água pelos próximos dois meses para evitar o colapso do reservatório. O sistema será paralisado das 6h da quinta-feira (14) até às 6h do sábado (16). Com a suspensão do abastecimento, Santa Cruz do Capibaribe e Riacho das Almas ficarão sem água.
Segundo George Ramos, coordenador técnico da Gerência Regional do Alto Capibaribe, apenas hospitais, escolas e postos de saúde terão água fornecida por carros-pipa - o restante da população precisará aguardar o retorno do abastecimento conforme o calendário da Compesa.
Ao G1, Ramos explicou que a barragem vive um dos piores momentos dos últimos 15 anos. Ela está com 1,8%, o que corresponde a 5,8 milhões de metros cúbicos - a capacidade total é de 327 milhões de metros cúbicos. Ele disse que a suspensão no abastecimento será necessária para instalar uma balsa flutuante que irá permitir a captação da água do ponto mais profundo da barragem.
De acordo com a assessoria de imprensa da Compesa, "a iniciativa irá prolongar a retirada de água por mais dois meses, evitando o colapso do abastecimento para 12 cidades do Agreste atendidas pelo Sistema de Jucazinho". O volume morto da barragem vem sendo explorado desde novembro de 2015 com uma bomba instalada de forma provisória. Com a redução do nível da barragem, a bomba será remanejada para a balsa flutuante.
Ainda segundo a assessoria, "se não chover até março, a barragem entrará em colapso". Os municípios abastecidos por Jucazinho são: Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama. A vazão é de 50 litros de água por segundo. “Temos esperança que chova nos próximos meses e que Jucazinho consiga recuperar o seu nível para que possamos melhorar a distribuição de água nessas cidades”, afirmou George Ramos.