ENTRE ACORDOS E DESACORDOS.

Uma das marcas negativas da gestão Flávio Lima e que ainda reflete nos comentários populares foi o fechamento do Hospital Nossa Senhora de Fátima.
Muito embora a gestão tenha criado a Policlínica, o fechamento daquela unidade hospitalar permaneceu. Flávio foi um político intransigente, diferentemente de seu pai Narciso Lima que sabia preservar os laços políticos, Flávio errou em vários aspectos, a começar pelo seu afastamento do Deputado Federal Mendonça Filho, o qual lhe ajudou a se eleger. Opositor ao Governo do Estado, pegou a Prefeitura num caos absoluto, tendo as circunstâncias dado todas as condições para se tornar o maior político Toritamense da atualidade. No entanto, seu carisma não foi suficiente para lhe render um bom aproveitamento administrativo e hoje tenta sobreviver na política com um programa de rádio estilo povão e blefando aos quatro cantos da cidade por uma candidatura inexistente e ilegítima. Se, quando Prefeito do município Flávio mantivesse presente na cidade, ouvindo as pessoas não sendo um gestor omisso como foi, hoje teria todas as credenciais para ser o fiel da balança nesse próximo pleito.
Sua junção com o grupo da Vice-Prefeita Lucinha Pereira poderá lhe render a sobrevida que necessita. Através de informações confidenciais, ficamos sabendo que os acordos foram feitos privilegiando o ex-prefeito o qual, ou será Vice, ou indicará o Vice, e sendo a chapa eleita, ficará no comando de três das mais importantes secretarias da gestão: Saúde, Educação e Indústria e Comércio.
Lotear a Prefeitura é uma prática da velha política em que a sociedade não deve aceitar sob vários aspectos. E o primeiro deles é a incompetência absoluta que reina nas gestões que agem dessa forma nomeando parentes, políticos e amigos para cargos importantes em que a ascensão dever-se-ia preencher alguns requisitos básicos de formação.
Meritocracia é uma palavra desconhecida das gestões de Toritama. Prevalece a amizade e os laços, e esquecem a necessidade de se administrar baseado nas necessidades do povo. E entre acordos e desacordos o povo se mantém refém da ineficiência das gestões, cujos grupos utilizam da máquina pública para beneficiar uns em detrimento de outros. Conclamo à reflexão.
FILIPE LUCENA acadêmico de direito