Paulo Câmara não assinou nota contra nem repudiou impeachment de Dilma.

As agências nacionais de notícias, como Estadão, bem como o site Congresso em Foco, deram uma bola fora, ao informar, com base no site do PT, que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assinou, nesta quinta-feira (3), uma nota de repúdio contra a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de acolher o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff na última quarta (2).
O Blog havia noticiado mais cedo, com base no site do PT, que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que os governadores do Nordeste manifestaram repúdio ao que chamam de “absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional”. A manchete dizia que os governadores do Nordeste repudiavam o impechment, mas publicava apenas uma nota do governador baiano.
Erroneamente, possivelmente seguindo as informações do site oficial do PT, as agências estavam informando desde o começo da tarde que a assinatura do socialista estava entre as dos outros oito governadores do Nordeste, que classificaram a abertura do processo como “absurda tentativa de jogar a nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional”. Balela, bola entre as pernas.
Conforme o blog informou mais cedo, no Recife, o gestor local não assinou nenhuma manifestação de repúdio até o momento. Governador da Bahia diz que colegas do NE vão dar apoio a Dilma contra impeachment. Paulo Câmara não assinou
Desde cedo, a tal nota, falando pelo Nordeste, corre de mão em mão em zap de petistas e desavisados. O Partido tem todo o direito de divulgar suas versões, tentar produzir ondas na rede, mas a verdade factual deve ser sempre preservada.
Veja a “Nota Governadores do Nordeste”.
“Diante da decisão do Presidente da Câmara dos Deputados de abrir processo de impeachment contra a Exma Presidenta da República, Dilma Roussef, os Governadores do Nordeste manifestam seu repúdio a essa absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional.
Gerações lutaram para que tivéssemos plena democracia política, com eleições livres e periódicas, que devem ser respeitadas. O processo de impeachment, por sua excepcionalidade, depende da caracterização de crime de responsabilidade tipificado na Constituição, praticado dolosamente pelo Presidente da República. Isso inexiste no atual momento brasileiro.
Na verdade, a decisão de abrir o tal processo de impeachment decorreu de propósitos puramente pessoais, em claro e evidente desvio de finalidade. Diante desse panorama, os Governadores do Nordeste anunciam sua posição contrária ao impeachment nos termos apresentados, e estarão mobilizados para que a serenidade e o bom senso prevaleçam. Em vez de golpismos, o Brasil precisa de união, diálogo e de decisões capazes de retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda.”