Em comissão, pernambucanos não têm posição unânime sobre impeachment.

A bancada federal de Pernambuco conseguiu emplacar cinco integrantes na comissão que analisará o impeachment. Mendonça Filho (DEM), Kaio Maniçoba (PHS), Fernando Filho (PSB) e Tadeu Alencar (PSB) serão titulares e Daniel Coelho (PSDB), suplente. O grupo, porém, não tem um entendimento unânime sobre o afastamento da petista.
Enquanto Mendonça e Daniel são favoráveis ao impeachment, Kaio Maniçoba diz ainda não ter posição sobre o tema e os socialistas Fernando e Tadeu aguardam a definição oficial da Executiva Nacional do PSB, que adiou a reunião de hoje para o próximo dia 17, depois que os três governadores do partido assinaram uma carta contra o impeachment.
Os pernambucanos também têm diferentes opiniões sobre o recesso parlamentar. Para Mendonça, o governo quer se aproveitar da baixa mobilização no período de final de ano. Já Tadeu acredita que o Congresso não pode “se dar ao luxo de tirar férias” em um momento tão delicado.
“Para os defensores do impeachment, foi um excelente início. Agora é a hora de cuidar das articulações no parlamento”, avalia Mendonça. “Eu não posso entrar numa comissão dessa já condenando antecipadamente a presidente. Tenho que me debruçar sobre as ações, sobre os motivos que levaram a essas ações, para chegar a um entendimento. Afinal, nós estamos falando de um dos episódios mais delicados de uma democracia”, pondera Tadeu.
“O compromisso que nós temos é do PSB votar unido na comissão. Ouvindo a maioria da bancada e a Direção, nós vamos fechar questão”, adianta Fernando Filho. “A gente tem que ter muita prudência para não fazer um julgamento equivocado”, defende Maniçoba.
Único suplente, Daniel Coelho deve atuar de forma mais discreta no colegiado. O PSDB tem organizado o papel de cada parlamentar e o pernambucano vai se dedicar às discussões no plenário.