A GUERRA DE CARUARU NA COLUNA DESTA SEXTA-FEIRA.

O fato de o PSB ter entregue a direção local à Raquel Lyra, não quer dizer que o prego está batido, por várias razões.
Primeiro deve-se entender que a mudança na legislação em relação ao tempo de filiação foi oportuna e fez com que acalmasse os ânimos de muitos. O PSB apaziguou os Lyra, de forma circunstancial, até porque o embarque para o PSDB já era visível.
Depois, deve-se calcular que uma candidatura governista em Caruaru não pode ser construída ultrapassando a duração razoável do diálogo, que por sinal, está faltando. São muitos caciques.
E o partido do Governador vai precisar usar todos os esforços necessários para não causar incômodo à um dos seus maiores aliados do Estado, chamado José Queiroz. A guerra é tão grande, que além dos Queiroz, tem dois figurantes que não se pode falar de política na cidade sem citar os dois, Tony Gel e Jorge Gomes, este último possivelmente indicado pra sucessão.
As constantes brigas entre João Lyra e Zé Queiroz dividiu ainda mais os grupos e a Frente Popular pode sair vitimada dessa vez, depois de várias vitórias.
Assim como em Petrolina, em que os Patriota, os Coelhos, dividem os holofotes com os Ramos e os Lossio, em Caruaru, é praticamente impossível que essa disputa não deixe vítimas e sequelas.
Dessa vez sem a presença de Eduardo Campos para direcionar, Paulo Câmara terá muitos espinhos para contornar, pois enquanto Campos era PhD na arte da política, Câmara ainda está se alfabetizando.
(POR FILIPE LUCENA)