PSB não vai deixar correr solto

Sossega leão - O PSB não vai deixar correr solto. Partido majoritário da Frente Popular e no comando do governo do Estado e da Prefeitura do Recife, os socialistas esperam que, no mínimo, se respeite o calendário eleitoral estabelecido pela cúpula partidária, se cumpram os velhos e novos acordos, assim como seja levado em conta o apoio que o governo vem dando aos partidos que compõem a aliança.
Ao que parece, a questão de Caruaru, que quase ultrapassa os limites do diálogo, está praticamente definida, desde que o ex-governador João Lyra Neto dê tempo ao tempo à pré-candidatura de sua filha Raquel Lyra (PSB) e aceite que o partido não vai abandonar Jorge Gomes e Laura Gomes, depois de décadas dedicadas à sigla.
Agora, nesse imbróglio de Caruaru, espanta a setores socialistas a ansiedade do PSDB, partido aliado que ocupa cargos no governo e que vem se comportando quase como adversário, estimulando a saída dos Lyra do PSB. Isso, sem contar que o governo apoia prefeitos tucanos no interior, que fazem parte da base eleitoral de deputados estaduais e federais do PSDB.
Esse desconforto atinge em cheio a candidatura do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) a prefeito do Recife, cuja concretização passa pela sucessão em Jaboatão, onde o prefeito Elias Gomes (PSDB) tenta fazer o seu sucessor. Elias só terá condição de escolher o sucessor com o apoio do PSB, se o PSDB abrir mão da candidatura de Daniel no Recife.
Isso significa que o processo sucessório em Jaboatão, na Frente Popular, está em banho-maria, ainda que se diga que o vice-prefeito Heraldo Selva (PSB) é o escolhido. Resumindo: o PSDB estadual tem que definir se continua aliado e ocupando cargos no governo ou se vai para a oposição.