Sem chance de ficar na Ponte, Renato Cajá vira sonho do Guarani Após desistência da Macaca, presidente do Bugre revela interesse em contar com meia para a Série B e busca ajuda de investidor

Por GLOBOESPORTE.COM Campinas, SP
Renato Cajá foi assunto nos dois clubes de Campinas nos últimos dias. Enquanto a Ponte Preta alimentava a esperança de ficar com o meia, o Guarani observava a situação de longe, à espera de uma definição entre o clube do Majestoso e o jogador. Bastou sair a posição oficial da Macaca para o Bugre entrar em ação. A desistência alvinegra, confirmada pelo presidente Márcio Della Volpe, levou o mandatário alviverde, Marcelo Mingone, a esquentar a rivalidade e sonhar com Cajá no Brinco de Ouro para a disputa da Série B do Brasileiro. Para transformar o desejo em realidade, porém, o dirigente precisa superar a dificuldade financeira e a rejeição que o jogador tem em defender o Guarani por conta da relação com a Ponte. Sobre o primeiro empecilho, Mingone busca a ajuda de um investidor para bancar a maioria dos custos com a negociação. Vinculado ao Guangzhou, da China, até maio de 2014, Cajá tem o passe fixado em R$ 3,5 milhões e um salário de aproximadamente R$ 230 mil. A Macaca, por exemplo, pagava R$ 80 mil por mês, que representa 35% dos vencimentos do atleta. O Guarani estaria disposto a custear cerca de R$ 50 mil. A ideia do Guarani em contar com Cajá surgiu após a lesão de Fumagalli, que corre o risco de desfalcar a equipe durante todo o primeiro turno da Série B. Temos alguns nomes de camisas 10 em vista e um deles é o Cajá. Eu quero ele aqui e vou fazer de tudo para trazê-lo" Marcelo Mingone - Temos alguns nomes de camisas 10 em vista e um deles é o Cajá. Eu quero ele aqui e vou fazer de tudo para trazê-lo. Já mostrei o nosso interesse ao empresário dele, mas o Guarani não tem condição de bancar. Por isso, estou conversando com um investidor, que assumiria a maior parte dos seus salários – afirmou Mingone, em entrevista ao jornal Correio Popular deste sábado, descartando que o interesse bugrino no meia tenha ares de provocação. Sem chance de permanecer no Majestoso, Renato Cajá encerrou sua segunda passagem pela Macaca na última quinta-feira, na derrota por 3 a 1 para o São Paulo, por 3 a 1, que culminou com a eliminação da Ponte nas oitavas de final da Copa do Brasil. Após a partida, o meia já falou em tom de despedida. Depois, Márcio Della Volpe revelou que um e-mail dos chineses enterrou de vez a esperança alvinegra de segurar o atleta. - A gente vem tentando o contato faz tempo. Nesta semana, eles mandaram um e-mail dizendo que querem o Cajá na China a partir do dia 5 de junho e sequer responderam sobre a possibilidade de estender o contrato de empréstimo – que vai até 31 de maio. Então, não tem mais nada que a gente possa fazer – explicou o presidente da Macaca.
Além do Guarani, o Sport já manifestou vontade de contratar Cajá. Segundo Della Volpe, a Portuguesa também sondou o atleta recentemente. O futuro do meia não será mais na Ponte, no entanto, ainda tem chance de ser no Brasil ou até mesmo em Campinas, apesar de Mingone reconhecer a dificuldade de levá-lo para o Bugre, clube que o próprio Renato Cajá já disse que não jogaria. - Reconheço que as chances hoje de ele não vir são de 60%, mas acho que ele seria muito feliz aqui – finalizou. O que está longe de terminar é mais essa novela envolvendo os clubes campineiros. No início do ano, os dois travaram uma disputa pelo atacante Roger. O Guarani saiu na frente, chegou a ficar muito perto de anunciar o jogador, mas quem levou a melhor foi a Ponte, e hoje Roger veste a camisa 9 da Macaca. Fechar com Cajá agora seria uma espécie de troco do Bugre.