Durante a primeira partida da semifinal entre Náutico e Sport, uma substituição foi decisiva para a vitória rubro-negra nos Aflitos. Aos 19 minutos do primeiro tempo, o técnico Mazola Júnior fez uma troca na lateral-esquerda tirando Renê e colocando Julinho. Aparentemente descontrolado, o jovem de 19 anos havia recebido um amarelo e estava fazendo várias faltas duras, correndo o risco de levar um vermelho. Se continuasse desta forma, a história do jogo poderia ter sido outra.
- Fizemos uma leitura antecipada da situação, mas não contávamos com o lance de Renê. Ele seria expulso a qualquer momento, então foi importante o tirarmos para que não prejudicasse a equipe - explicou o técnico.
A atitude ousada do treinador acabou mantendo os nervos e a organização da equipe em ordem. Outra atitude de Mazola foi por o volante Rivaldo no lugar do atacante Jheimy e avançar o meia Marcelinho Paraíba para formar a dupla de ataque com Jael. Situação treinada durante a semana.
- Na função que estava fazendo, Marcelinho Paraíba estava ficando cansado, perdendo o ritmo e deixando de marcar lá atrás. Então decidi adiantar ele, para que tivesse mais proximidade ofensiva - disse.
Mazola tem estrela quando o assunto é clássico. Este foi o sexto confronto com Náutico e Santa Cruz sem saber o que é perder. No entanto, ele prefere diminuir esse aspecto e dividir os louros com os seus jogadores.
- Nunca me senti o único responsável pela vitórias em clássico, elas são resultados do trabalho em grupo. O dado mais importante é que desde de 2008 não ganhávamos nos Aflitos e esse grupo conseguiu esse feito - frisou
Por Lula Moraes
Recife
