Vertentes: Confira o Resumo da Audiência Publica da Ultima Sexta - Feira.‏

Por volta das 14:00 h da última sexta - feira (05/08) no plenário da Câmara Municipal de Vertentes, Casa Lourenço, aconteceu uma Audiência Pública para discutir assuntos relacionados a Educação, em especial aos direitos dos profissionais da área, em especial os professores.
Como maior destaque na discussão foi o não cumprimento do PCC (Plano de Cargos e Carreiras) que já foi aprovado pelo executivo municipal, desde o mandato anterior. E que até o momento não foram cumpridos. Houve professor que acusou a ex - secretária de nunca ter cumprido a lei e que a mesma (a secretária) até ter distorcido esta mesma lei.
Durante mais uma audiência realizada na cidade de Vertentes os professores, voltaram a cobrar das autoridades competentes uma ação mais enérgica e eficaz contra a falta de atenção por parte da Secretaria de Educação do Município.
Estiveram presentes a esta audiência pública, os vereadores, Marcone, Gilson, Pedro Panela, Natal, Castanha e a vereadora Poliane. Também estiveram presentes o Conselheiro Tutelar Zenaildo Holanda, Igor Miranda, Dimas do Sindicato dentre outras personalidades.
Foram convidados, porém não estiveram presentes, o atual prefeito, o Sr. Alan Kardec, como nenhum membro ou representante do Poder Executivo Municipal, nem do Ministério Público local, dentre outros.
Os professores compareceram à audiência pública vestidos de preto, como uma forma de protesto.
Os presentes reconheceram a importância da classe na construção de novos cidadãos. E se disseram tristes pela falta de atenção e principalmente na execução das leis que beneficia a classe. Como também se disseram sensíveis com a causa e que dentro de suas atribuições legais buscaram intermediar que haja o cumprimento das leis e obrigações por parte do poder executivo municipal.
"Estamos vindos de várias audiências, até com o representante do MP (Ministério Público) dentre outras autoridades, mas até o presente momento essas audiências infelizmente não nos deu o resultado esperado, ou seja até hoje nós não tivemos praticamente quase nenhuma resposta animadora, nada". Afirmaram os professores.
Em todas as audiências são abordados os mais diversos assuntos referentes as questões da jornada de trabalho dos professores do Ensino Fundamental, que continua trabalhando de graça 25 hora aula para o município porque eles deveriam trabalhar só as cem horas aulas de regência e até hoje vem trabalhando as cento e vinte e cinco (125) horas aulas de regência. Também não se fala com relação ao PCC (Plano de Cargos e Carreiras), como também em nenhum momento a administração se mostra interessada na não reformulação do mesmo (o PCC).
Em nenhum momento o governo municipal nem se quer fala em reformulação do plano de cargos e carreiras. A ultima informação dada pela ex - secretária era que, o município estava esperando uma espécie de aval do MEC, a história da administração é que vai esperar o MEC reformular tal lei. Enquanto isso eles não obedece a lei atual e não regulamenta o plano de cargos e carreiras que tem aqui no município.
Os professores afirmam que na gestão passada o então prefeito, Romero Leal assinou a lei, mas ela nunca foi cumprida. Não é cumprir com a lei municipal, é se tornar contraventor. Sendo assim a mesma é como se tivesse praticamente rasgada e jogado no lixo. Porque a atual administração que é a continuação da passada hoje não cumpre o vencimento dos professores de Vertentes hoje encontra-se praticamente abandonados pelas autoridades competentes. Os Professores afirmam ter cópia da documentação assinada pelo ex mandatário municipal.
Falaram da ação pelo exercício do magistério com turmas multisseriadas que também não estão sendo pagas aos professores inativos que não receberam o reajuste que os professores da ativa recebe. A todo instante reivindicaram seus direitos, como também fizeram votos de repúdio a Secretaria de Educação, dizendo que a categoria de professores não ouvidas, nem atendidas e que as leis não são cumpridas.
Lamentaram quanto ao que eles chamam de pouca atenção por parte do Ministério Público. Também se disseram tristes pela ausência de alguns representantes de outros segmentos da sociedade vertentense.
Falaram da tristeza pela ausência sem informações de outros os órgãos que foram convidamos e não compareceram aquela audiência. Se disseram tristes que ninguém ligado ao governo municipal tenha mandado um representante se quer. Pois ali é uma audiência importante para falar sobre educação.
Pois segundo os professores entendem que a educação é a mola propulsora de uma sociedade, e a falta desses representantes dá a entender que infelizmente essas entidades não querem ou não estão nem aí para discutir a educação de nossa cidade. Mostrando ser apenas os professores que de fato tem interesse na matéria.
Professores que de fato são responsáveis pela educação eles compareceram. Ignorar a categoria e a sua luta é mostrar que não há compromisso com o futuro da nossa sociedade como num todo, afirmaram os professores. E exaltados a cada final de fala os professores deixaram seu voto de repudio e a afirmação que a luta continua em defesa da educação e em defesa da categoria de professores.
"Sou professora há 32 anos, com muito orgulho, sei da minha importância na formação da história de Vertentes, afirmo que temos conhecimento dos nossos direitos. Sabemos do que a lei nos confere quanto aos nossos direitos, a começar pelo piso salarial e demais direitos estabelecidos por lei. Eu falei um TCC (Plano de Cargos e Carreiras). Sei da luta que foi, profissionais da educação enfrentaram adversidades, foi uma luta muito grande, onde até a polícia foi chamada para barrar a nossa luta, mas nós vencemos, nós conseguimos os nossos direitos em especial o PCC. Lembro - me ainda quando o então Prefeito Dr. Romero Leal, assinou a lei. Eu tenho um PCC em mãos. Porém a Secretária na época, a Sra. Elba Neide jamais nos atendeu. Mas não desisto, pois não são favores que estamos pedindo, é o cumprimento da lei.
Em nome de todos os companheiros, eu peço encarecidamente que, o nosso governante, pare um pouco e pense o nosso valor, porque nós somos professores, estamos juntos somos formadores de cidadães. O nosso papel é fundamental para a nossa cidade", disse a Professora Maria do Socorro dos Anjos.
Já o Professor José Carlos falou em nome dos professores e pediu que, encarecidamente sejam revistas e cumpridas as leis.
"Ha 33 anos de efetivo exercício, eu sou um profissional, todo mundo sabe por onde passo eu vou faço o meu trabalho com seriedade.
Cumpro com os meus deveres, e é por isso que eu estou aqui com os demais companheiros para exigir os meus direitos. Sou um professor em luto por reconhecimento dos meus direitos, valorização e respeito a minha profissão, Isso não é mais do que eu devia ter por lei, lei as autoridades deviam cumprir, pois o cumprimento das mesmas é o reconhecimento das autoridades. A administração devia reconhecer que eu trabalho e que eu mereço ser respeitado. Mas na verdade somos desrespeitados. Quando temos os nossos direitos negados nós somos desrespeitados por uma administração que prega tanto a transparência, mas que na verdade essa transparência não existe.
Lamento o que é imposto ao professor. Então eu estou lutando pelos meus direitos e pela valorização da minha categoria. Hoje o que eu sinto é vergonha de ser professor com mais de 30 anos de efetivo exercício e ter o pior salário. Vertentes não é a pior cidade, eu não sou o pior professor, Por que é que eu tenho pior salário? O que fizemos para não termos os nossos direitos?", falou o Professor José Carlos.
A Professora Josefa Melo por sua vez disse que: Pedimos encarecidamente que a atual gestão pare um pouco, reveja seus conceitos e pense o nosso real valor, porque nós somos professores. Personagens importantes na formação da nossa sociedade. Somos formadores de cidadãos. E assim como todas as categorias e classes, nós merecemos respeito e reconhecimento. A começar pelo cumprimento das leis.
E pelos meus direitos eu vou até o fim. Porque eu sou livre. Professor, valorização e respeito! Eu vou até o fim, porque eu sou livre!
A Professora se disse triste não só com a falta de atenção por parte do governo municipal, mas também pela ausência de algumas personalidades que tanto cobra dos professores, mas na hora que os mesmos precisaram, estas personalidades não se fizeram presentes. Mas pra ela a maior das ausências foram a falta ou o não comparecimento de alguns profissionais da edicação que não participaram e nem se quer deram uma justificativa.
"Bem gente, eu estou aqui na audiência pública e olhando para as cadeiras que aqui se encontram fiquei muito triste ao ver a falta dos nossos representantes da educação que deveriam estar aqui sim. Ou pelo menos ter mandado um representante ou até mesmo uma justificativa do porque não poder vir, mas não nos deram nenhuma justificativa sobre nada, então eu me pergunto: Qual é a importância que nós temos para eles? Pois quando estão em conversa conosco ou nas cerimônias falam de quãé a importância da Educação para nossa gente. E qual é a grandeza que dizem que a educação tem pra Vertentes?
Pelo que eu sei quando algo tem importância, a gente dá valor, a gente valoriza e não é isso que está acontecendo. Outra coisa que me entristece muito, me desculpe caros colegas mais velhos, mas tem sido vocês efetivos, vocês que não tem o porque não comparecer a uma simples audiência que discute os seus direitos, vocês têm cumprido os seus deveres, mas porquê vocês não vem junto conosco reivindica - los. Que mal tem em vocês juntos conosco virem lutar pelos seus direitos. Porquê não vem reivindicar os seus direitos, aqui não é nada partidário gente, direito é direito e dever é dever. Acredito que quando a gente tem um direito, a gente luta por ele porque se tem obrigações também tem que ter valorizado por seus direitos. Isso muito me entristece, ver uma classe tão importante, desunida. Nos chamam de os principais formadores de opinião. O Professor é formador de opinião, o que é opinião? Qual é a opinião dará um professor, que é o responsável por forma no ser humano, fazer com que uma criança hoje seja, uma futura cidadã. O que vai apresentar este professor a esta criança, qual a sua opinião para a sociedade? Se ele mesmo não tem coragem de dizer o que é que quer, como poderá ensinar a alguém enfrentar as adversidades da vida, se ele não tem coragem de lutar pelos seus direitos. Qual é a opinião que ele vai trazer pra essa pessoa, que formação será essa? Mas eu sei qual é e será a sua opinião sim, é a opinião de uma pessoa que não luta e que vai baixar a cabeça dizer: sim sim, não não não. É de não olhar pra cima, não enxerga a vida, não olhar o outro olho no olho.
E eu simplesmente eu sou uma professora, sou porque todos que passam pela pela mão do professor eles devem respeitar. Porque todos os que estão aqui, seja Vereador, seja o Doutor, presidente, Médico, qualquer profissão, quem quer que esteja ou seja, ele passou pelas mãos do Professor, não há profissional que deveria ser mais valorizado que o professor. Me orgulho da minha classe e é por isso eu postei no Face por muitas vezes uma informação que no Japão o professor é o único que não se curva ao Imperador, sabe porquê, porque ele tem o seu papel reconhecido, ppis do mais simples cidadão ao mais alto cargo, todos passaram pelo Professor. Isso acontece em países que realmente valorizam seus professores. Mas infelizmente a realidade do Japão em bem diferente daqui do Brasil.
E aqui nenhum gestor quer uma comunidade verdadeiramente instruída. É esta a nossa realidade. Digo que: povo instruído não usa algemas. O que é livre tem que opinar, sem luta não há conquista, eu sou livre quando eu penso quando eu acho que quando eu não faço o que os outros querem eu faço por mim, me desculpe mas este é o meu pensamento" disse a Professora Josefa Melo.
Por Jornal Vertentes Noticias.