NÃO PODEMOS VOLTAR AO PASSADO.

A história é a ciência através da qual, nós tomamos conhecimento dos erros cometidos pelos nossos antepassados, para não errarmos no futuro. A sociedade é construída dos erros e acertos. E talvez o maior de todos os erros, como diz o ditado, é permanecer errando. Toritama tem errado muito nos últimos anos, através de gestões incompetentes e gestores descompromissados. A renovação deve sair dos discursos.
Na última quinta-feira (07/07) foi oficializada a chapa da candidatura da Vice-Prefeita Lucinha Pereira, e o pré-candidato a Vice-Prefeito escolhido foi o ex-Prefeito Narciso Lima. Entre críticas e elogios, não poderíamos deixar de emitir nosso ponto de vista. Antes de tecermos comentários, cabe duas considerações a respeito dessa oficialização. Foi um claro desrespeito à Câmara dos Vereadores, usar uma Sessão Ordinária como plataforma eleitoral de um determinado grupo partidário, caracterizando uma transgressão às normas regimentais daquela Casa. Ora, como aceitarmos que um parlamentar, cuja principal função típica é legislar, criar leis, possa ferir o seu fiel cumprimento? Lembramos que é a segunda vez que a Casa João Manoel da Silva é vitimada pelo comportamento inconveniente de parlamentares que se utilizam de seu privilégio para abrir suas portas para questões eminentemente partidária, e ressalvamos ainda que isso é um desvio de finalidade, é um ato de Improbidade Administrativa. Segundo, nunca ouvi uma oficialização de uma chapa sem a presença dos protagonistas. Acho interessante que uma ocasião tão importante seja desmerecida pelos personagens principais.
Voltando à indicação, faço aqui minhas considerações. Conheci pessoalmente a história do Sr. Narciso Lima, ocasião em que o entrevistei no Aniversário de Toritama em dezembro passado, quando o homenageamos como político. Tivemos a ideia de entrevista-lo para sabermos um pouco da Toritama de antigamente. É desleal que não possamos considerar a história dos políticos do passado. O que não podemos é voltar ao passado. A política deve ser reinventada, e a renovação política é uma exigência da nossa sociedade.
Toritama foi abandonada e “destruída” pelas mesmas famílias políticas que sempre tiveram oportunidade, e sempre se revezaram no poder. Famílias que digladiavam-se e rivalizavam-se em qualquer ocasião oportuna, cujos conflitos ultrapassaram o campo partidário e adentraram no campo pessoal.
Hoje se veem unidos, distribuindo “antigas promessas”, esquecendo os ataques passados, tentando demonstrar à população uma suposta tranquilidade nada favorável. Muito menos favorável está o cidadão, trabalhador que assiste esse teatro na primeira fila, sem aplaudir e sem querer que as cenas se repitam.
FILIPE LUCENA Acadêmico de Direito.