De heróis a Mario, foliões apostam em fantasias criativas no carnaval de PE.

A criatividade esteve presente na escolha das fantasias dos foliões que aproveitaram o carnaval de Bezerros. Além dos tradicionais papangus - figura típica dos festejos de momo local - também teve Mario, o famoso encanador aventureiro que fez história nos games; refugiados de Mariana; cosplay de anime japonês e família de super-heróis. No domingo (7), cerca de 200 mil foliões estiveram no carnaval do município do Agreste pernambucano.
O gerente comercial Carlos Rezende veio de Recife com a esposa, a administradora Mariana Apolinário, e o filho, Vinícius Rezende, de um ano, para brincar o carnaval no interior. Natural de Bezerros, o gerente diz que o comemorar a festividade é uma tradição da família. Eles escolheram o game Super Mario Bros como tema da fantasia. "A ideia foi dele. Ele é meio nerd", brinca a administradora ao falar da escolha do marido.
A gente já sabia que viria para Bezerros. Então, eu comecei a pensar na fantasia até que me veio a ideia de vir de Mario, ela de princesa e o nosso filho de cogumelo. É o primeiro carnaval de Vinícius e está sendo muito especial", ressalta o gerente comercial.
A tragédia de Mariana, em Minas Gerais, ocorrida em novembro de 2015, foi um tema lembrado por um grupo de amigos. Eles não se identificaram, devido a tradição dos papangus, mas disseram que a fantasia foi escolhida porque trata de um tema atual.
O profesor Ramiro Carvalho fez cosplay do anime Bleach para curtir o carnaval. "Todos os anos eu estou nos eventos de feira japonesa fazendo cosplay e agora aproveitei para me vestir assim e vir para o carnaval dos papangus", explica. Amigos de Recife escolheram os super-heróis para curtir a folia. "Já é a segunda vez que viemos para Bezerros. A ideia de nos vestirmos como super-heróis foi minha. Tanto os meus filhos como as outras crianças gostam e eu decidi investir para ficar divertido", afirma a auxiliar administrativo Manoela Soares.
Uma dupla de papangus decidiu se vestir de agente de endemias. "Mostrar o rosto não pode, mas combater o Aedes aegypti sim", diz um deles.