PSB trava debate interno sobre impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A resolução da Executiva nacional PSB sobre como o partido se posicionará no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) ficou para esta quarta-feira. Até lá, socialistas pró e contra a saída da petista travam um embate interno para ver quem tem maior poder de convencimento e decisão. Vice-presidente nacional do PSB, o governador Paulo Câmara está em Brasília para reforçar o posicionamento contra o impeachment. Ele se reunirá nesta terça-feira com Dilma na capital federal para tratar do aumento de casos de microcefalia no País e aproveitará para conversar com os colegas de sigla.
Nessa segunda-feira, em Brasília, dirigentes do partido passaram o dia em reuniões para chegar ao encontro de amanhã mais próximos do consenso e evitar passar a imagem de que há uma profunda divisão sobre o afastamento de Dilma. “Todas as declarações que estão sendo dadas são de caráter pessoal. Nossa decisão sai apenas nesta quarta”, afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
No Recife, antes de embarcar para Brasília ainda na segunda-feira, Paulo reforçou que não vê como viável a saída de Dilma. “No meu entendimento, não há elementos até hoje que justifiquem o impedimento da presidente”, falou. O governador, no entanto, reiterou que acatará a decisão da maioria do PSB e que essa também será a postura do prefeito do Recife, Geraldo Julio, que ocupa o posto de secretário-nacional da sigla.
Enquanto o governador se mostra contrário ao impeachment, outros socialistas marcam posição oposta. Dos Estados Unidos, Beto Albuquerque (PSB-RS), que foi candidato a vice-presidente de Marina Silva (Rede) em 2014, declarou em conversa por mensagem de texto com o Jornal do Commercio que o partido não tem o dever de salvar o mandato de Dilma. Mas ele pontuou que não fala em nome de todos os socialistas. “A reunião será na quarta. O que se decidir lá valerá para todos”, falou.