ARMAS: DEFESA OU PERIGO? NA COLUNA DESTA TERÇA-FEIRA.

A discussão sobre uma possível flexibilização do Estatuto do Desarmamento é um tema que merece o devido cuidado e toda opinião desde que produtiva e construtiva é bem vinda.
Faz-se necessário que a sociedade amplie os meios para debater sobre o tema, para que não aja uma imposição sobre a questão.
Existem os que preferem manter a estrutura atual do Estatuto, embasados no entendimento de que "violência atrai violência", e usam dados de pesquisas que demostram um crescente aumento nos índices de violência em caso do cidadão armado, visto que, este na condição de vítima da omissão do Estado, munido de arma estará à disposição para " matar ou morrer", tentando proteger sua vida, sua família e seu patrimônio. Portanto, acreditam que o Estado fará seu papel.
Ao contrário daqueles, os que preferem as mudanças na norma, entendem que o Estado, diante da complexidade da vida social, não consegue acompanhar o ritmo dos anseios populares e a violência é de longe o maior dos males. Nesse sentido, traduzem seus pontos de vista demonstrando que, a partir da flexibilização e da universalização dos meios de armamentos, os criminosos pensarão duas vezes antes de executarem seus crimes.
Ambas as opiniões merecem reflexão. Ora, ninguém pode achar que a simples posse ou porte legal, lhe dê condições físicas e psicológicas de minimamente estar disposto a defender tudo e à todos.
Deve se destacar que o bandido age preparado para o "tudo ou nada", diferentemente do cidadão de bem que, mesmo tendo o instinto humano da sobrevivência, pode ser vitimado pelas leis falhas desse país.
Por outro lado, essas discussões tem efeito ameaçador pois forçam nossos governantes a tomarem medidas urgentes para conter os estragos causados pela violência.
(POR FILIPE LUCENA)