Comissão do PAC discute andamento da obra da Transnordestina

O prazo para conclusão da Ferrovia Transnordestina continua indefinido. A informação foi apresentada, nesta terça (6), aos membros da Comissão Especial do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo diretor de operações da Transnordestina Logística S.A. (TLSA) – subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional responsável pela construção de mais de 1,7 mil quilômetros de linhas entre a região agroindustrial do Piauí e os portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará.
De acordo com Edison Pinto Coelho, as obras poderiam ser concluídas em 30 meses caso o Governo Federal – principal financiador do empreendimento – emitisse a ordem de serviço e garantisse crédito para a construção. Contudo, na opinião do diretor, as fases que envolvem decisões governamentais têm prazos difíceis de definir. “Não há impedimentos de engenharia para concluirmos o projeto. O obstáculo é a captação de recursos”, observou.
Elaborado em 2011, o atual traçado foi, inicialmente, orçado em R$ 7,5 bilhões. Porém, cálculos mais recentes, preveem que os custos irão ultrapassar R$ 11 bilhões. Quando estiver em funcionamento, a ferrovia deve transportar 30 milhões de toneladas de carga por ano.O executivo ainda apresentou os desafios para a implantação da estrada de ferro, como a emissão de licenças ambientais, a necessidade de desvios em zonas urbanas e questões ligadas à preservação do patrimônio histórico. Em Pernambuco, já foram entregues os trechos entre Trindade e de Custódia, no Sertão, restando ainda 300 quilômetros até o Porto de Suape, na Região Metropolitana do Recife.
PETROLINA – A possibilidade de um ramal da Transnordestina para atender o município de Petrolina, no Sertão do São Francisco, foi levantada pelos deputados Miguel Coelho (PSB) – presidente da Comissão do PAC – e Odacy Amorim (PT). Edison Pinto Coelho manifestou o interesse da TLSA em participar da construção das linhas, mas observou que a empresa não possui concessão para assumir a obra. Para o presidente do colegiado, “é preciso que a ferrovia seja entregue o quanto antes para auxiliar o escoamento da produção de Pernambuco e de todo o Nordeste”.