Coluna desta Quarta-Feira por Filipe Lucena.

A duplicação da Rodovia Estadual PE-160, que liga a BR 104 à Santa Cruz do Capibaribe é sem dúvidas um importante marco para o desenvolvimento do Pólo de Confecções do Agreste. A cidade de Santa Cruz teve um expressivo crescimento na última década e é preciso reconhecer que esse crescimento se deveu em grande parte à construção do Maior Centro de Compras da América Latina, um obra relevante, que inicialmente foi alvo de críticas, como toda mudança e suas consequências, mas se consolidou e hoje serve de exemplo. Em termos de comodidade aos turistas/clientes, foram ousados, na segurança, no espaço, no estacionamento, na organização, na padronização, na estadia, nos refeitórios, enfim até na publicidade.
O Parque das Feiras de Toritama ostenta a bandeira de Pioneiro da Região, e que verdadeiramente serviu de base para vários empreendimentos semelhantes, e assim como o Moda Center é importantíssimo para nossa economia, mas infelizmente nos últimos anos, assim como a Feira Livre de Toritama, frequentemente são alvos de críticas tanto pelos clientes, quanto pelos feirantes e lojistas.
A feira de Toritama é um campo de batalha para os turistas, pois não há um mínimo de respeito e tratamento digno para quem vêm de fora, e além disso, o espaço é precário, a acessibilidade é questionável e a insegurança predomina. O comércio do Jeans em Toritama tornou-se um palco de disputas individualistas do poder econômico local, em que o cliente/turista além de maltratado nunca foi posto na posição de prioridade.
O maior exemplo é o Festival do Jeans que, teoricamente, deveria ser um evento de visibilidade, para atrair os mais variados ramos têxteis, em que todos os fabricantes, donos de lavanderias, lojistas, prestadores de serviços em geral aperfeiçoaria suas técnicas para melhorar e tornar a Capital do Jeans mais competitiva diante de outros mercados de confecções espalhados Brasil afora. Infelizmente o Festival desvirtuou sua verdadeira finalidade e hoje se limita à uma festa em que tudo é menos importante que a atração musical, inclusive o cliente. Nem o Poder Público, nem a classe empresarial, nem os pequenos comerciantes, são capazes de unir-se para realizarem um verdadeiro Festival.
É preciso unir Toritama. Numa época de crise como à qual estamos passando, é imprescindível se pudéssemos alavancar nossa região, unindo homens com pensamento coletivo, abrindo mão de seus interesses individuais e políticos para "salvar" nossa Toritama. Precisamos evitar o mesmo filme de terror do passado, quando, por visões ultrapassadas, nosso pólo calçadista perdeu competitividade fechando um ciclo produtivo que alimentava aos filhos dessa terra. É preciso refletir e seguir os bons exemplos.
Todo conteúdo dessa coluna é de responsabilidade exclusiva do colunista".
(POR FILIPE LUCENA PARA O INFORMATIVO TORITAMENSE).