Volante do Sport tem ligação 'íntima' com o Santa Cruz Família do meio-campo Marquinhos Paraná torce pelo Tricolor. Jogador já passou pelo clube como atleta e torceu pela equipe coral no Arruda

Tem “tricolor” no Ilha do Retiro, mas não é espião a serviço do Santa Cruz. Trata-se do volante Marquinhos Paraná, que tem um passado íntimo com a Cobra Coral. O rival do Sport na final do próximo domingo já contou com os serviços do meio-campo nas arquibancadas e quando ele estava em início de carreira. - Ia muito para o Arruda, sempre sonhei em jogar naquele estádio, que atrai uma massa para aquelas arquibancadas. Meu pai é tricolor, passei no clube quando tinha 20 anos e lembro de uma final marcante entre Santa Cruz e Náutico, quando saímos antes de encerrar a partida. Foi chegarmos em casa para Célio virar aquela partida - disse Paraná, lembrando do histórico 2 a 1 de 1993, quando os corais viraram a partida e levaram o título estadual nos acréscimos.
De paranaense, Marquinhos só tem o apelido, pois nasceu no Recife. A alcunha surgiu quando ele defendeu o Paraná. Sobre a ligação com o Santa Cruz, o jogador diz que ela não tem mais fundamento. - A minha família é toda tricolor e a parte da minha esposa é rubro-negra. Como vivo mais com ela, esse meu lado ficou no passado. Saí muito novo de Pernambuco. Mesmo tendo Marquinhos Paraná em campo, defendendo as cores do Sport, os familiares ficam divididos para qual time torcer na final. - Meu pai é calado, na dele, e disse que ia torcer por mim, mas sei que o coração tricolor dele fala mais alto. Cheguei em casa e meu sobrinho foi logo dizendo que eu ia perder, nem olhei de lado. Minha filha é quem discutiu com ele - brincou Marquinhos. Para Marquinhos, o profissionalismo está acima de qualquer inclinação clubística. - Já tive a oportunidade de jogar por lá e agora estou no Sport. Poderia estar defendo o Santa Cruz como qualquer outro clube. Por onde passei defendi as cores das equipes com seriedade. Por Lula Moraes Recife