Fama eles têm. Marcelinho Paraíba um pouco mais, pois chegou a vestir a camisa da seleção brasileira e fez carreira internacional, cujo maior destaque foi obtido no alemão Hertha Berlin. Já Dênis Marques ficou conhecido pela boa passagem no Atlético-PR - foi artilheiro da Copa do Brasil de 2007 pelo Furacão. Mas, no futebol pernambucano, ambos não estão jogando só com o nome. Pelo contrário. Marcelinho e Dênis são os maiores destaques do certame. Não à toa, além do título, disputam a artilharia. Ambos têm 14 gols. O rubro-negro já está com 36 anos, cinco anos a mais do que o tricolor.
E, pelo visto, esta experiência vem fazendo a diferença a favor da dupla. Veja o caso de Dênis Marques. Ele foi contratado sob muita desconfiança, já que não havia tido uma boa passagem pelo Flamengo e depois disso passou cerca de um ano e meio sem vestir a camisa de clube algum. Mas logo na estreia, contra o Porto, marcou três gols na vitória do Santa por 3x1. Esse jogo aconteceu pela oitava rodada. De lá para cá, o "matador" coral ficou de fora de apenas dois jogos. Ao todo, foram 15 partidas, o que dá uma excelente média de quase um gol por partida: 0,9.
"É uma final de campeonato que pode decidir o título e a artilharia. Espero que ela venha naturalmente, mas troco a artilharia pelo título, que é o mais importante. Meu primeiro objetivo no Santa Cruz é conseguir ser campeão estadual. Esperamos sair com troféu", disse o camisa 9 coral.
Além da estreia contra o Gavião, Dênis repediu a dose de marcar três vezes na mesma partida contra o América, na goleada por 5x0. Aliás, 11 dos seus 14 gols foram anotados no estádio do Arruda. Isso corresponde a 78%. Ao todo, foram nove gols de dentro da área e cinco de pênalti. Dez foram marcados com o pé direito, três com o esquerdo e outro de cabeça. Pesa contra o atacante o fato de ter passado em branco nos dois clássicos, um contra o Sport e outro ante o Náutico.
Gol em clássico é o que não falta a Marcelinho. Ele já deixou a sua marca no Santa - fez o segundo gol na vitória por 3x1, no Arruda, e dois do triunfo do Sport sobre o Náutico, 2x1, na semifinal. Na bola parada, tem sido fatal. Foram cinco bolas na rede em cobranças de falta e quatro em pênaltis. Outros cinco foram anotados com bola rolando, sendo quatro de dentro da área e um de fora. O pé esquerdo foi responsável por 11 gols e o direito por três. Nove gols foram marcados na Ilha, ou 64%. "Sentimos aquela perda (o hexa, ano passado), mas já passou. Sabemos que não vai ser fácil, mas temos um grupo muito qualificado", disse Paraíba.
DORES
Marcelinho e Dênis lutam contra problemas clínicos. O rubro-negro foi poupado de treinos durante a semana, por conta de dores musculares na coxa e na panturrilha da perna direita. Já Dênis ainda não se recuperou totalmente de um toco sofrido no rachão às vésperas da primeira semifinal contra o Salgueiro.
