Fora da semifinal, Eduardo Ramos teve passagem polêmica pelo Náutico Ex-atleta do Timbu chegou ao clube com status de ídolo, mas depois se envolveu em diversas polêmicas
Semifinal entre Náutico e Sport. Dias antes do duelo, estoura a "bomba": dirigentes rubronegros teriam tentado subornar Eduardo Ramos. Um ano depois, o atleta se envolve em nova polêmica às vésperas de uma outra partida decisiva do Timbu contra o Leão. Turbulências, aliás, não faltam na carreira do meio-campo.
Ao longo de sua passagem pelo Náutico, Eduardo Ramos teve o nome associado a outros casos conturbados. Além do suposto suborno, chegou a queimar um boné de uma torcida organizada do Sport e atirar uma garrafa de água em um torcedor. Relembre, a seguir, as principais polêmicas relacionadas ao, agora, ex-meio-campo do Timbu.
"200 horas de gravações"
Três dias antes do segunda partida da semifinal contra o Sport, dirigentes do Náutico concederam entrevista acusando a diretoria do rival de ter oferecido dinheiro a Eduardo Ramos para que ele não jogasse o duelo decisivo. A principal prova seria o testemunho do pai do jogador, Carlos Antônio Martins. Além disso, o então presidente alvirrubro, Berilo Júnior, garantiu ter 200 horas de gravações telefônicas que comprovariam a denúncia. No entanto, as provas nunca foram apresentadas e o caso não chegou a ter uma explicação definitiva para jornalistas e torcedores.
Atiçou o rival
Eufórico com o acesso à serie B, em novembro de 2011, Eduardo Ramos acabou cometendo um ato impensando durante a carreata de comemoração. De cima de um trio elétrico, queimou o boné da maior torcida organizada do Sport. O ato gerou protestos e ameaças. Dias após o incidente, Eduardo acabou se desculpando.
Garrafa de água
O Náutico havia acabado de vencer o Belo Jardim por 3x1 pela 12ª rodada do Pernambucano 2012, mas a má apresentação rendeu vaias. Um dos principais alvos de insulto era Eduardo Ramos, jogador que tinha a missão de criar as jogadas, mas que não vinha rendendo o esperado há alguns jogos. Na saída, acabou atirando uma garrafa de água em um torcedor. Em seguida, em entrevista coletiva, pediu desculpas pela agressão e se justificou dizendo que agiu em defesa do então técnico Waldemar Lemos.
Aviso prévio
O Náutico foi a Fortaleza enfrentar o time homônimo pela Copa do Brasil. Ao fim da partida, vexame: 4x0 para os donos da casa. Irritado, o vice-presidente de futebol alvirrubro, Toninho Monteiro, declarou que as coisas precisavam mudar, nem que para isso fosse preciso tirar "gente graúda", isto é, jogadores importantes do elenco. Embora Eduardo Ramos não tenha sido citado diretamente, a declaração acabou soando como aviso prévio. E assim o foi.
A mentira
Antes de acertar a recisão, mas um caso mal explicado. Eduardo Ramos não havia sido relacionado para o confronto diante do Sport. Irritado, treinou por conta própria nos Aflitos, enquanto o restante do grupo e a comissão técnica estavam no CT. O problema é que Toninho Monteiro aparentemente não sabia disso e acabou declarando à imprensa que Eduardo estava com problemas gastrointestinais. Coincidência ou não, horas depois Eduardo Ramos teve a saída do Náutico anunciada.
Por Daniel Santana
Recife