O elenco do Sport é essencialmente composto por atletas vindos de outros clubes do Brasil. Apenas seis são crias da Ilha do Retiro e, destes, apenas o lateral-esquerdo Renê é titular. O lateral-direito Renato, que vem jogando, e o goleiro reserva Saulo merecem menção. O camisa 1 rubro-negro, o ídolo Magrão acha que a falta de sucesso dos pratas-da-casa é consequência da cobrança da torcida.
- A pressão para surgir gente no Sport é grande. O torcedor cobra muito, o jogador tem que render praticamente todos os jogos. Por ser jovem o prata da casa não rende, sente a pressão, mas acho que eles devem ter sequência para mostrar bom futebol - disse o camisa 1 rubro-negro, que ainda tem o goleiro Flávio e os meias Jackson e Anderson Paraíba como companheiros de elenco, todos profissionalizados no Leão.
A pressão influencia em casos como o gol perdido de Renê no clássico contra o Náutico, quando o lateral tocou para Marcelinho Paraíba, no lugar de arriscar o chute? Magrão acha que não.
- Vendo na televisão, acho que ele agiu certo, porque Gideão fechou o ângulo. Não vejo como um erro de Renê, só podia ter tocado mais forte. Ele tem grande potencial, vai ser um grande jogador - defendeu.
Mas a cobrança não vem só da arquibancada. Os jovens são cobrados também pelos companheiros dentro de campo. O experiente Marcelinho Paraíba (36 anos), por exemplo, deu uma bronca em Renê (19) por causa de um erro do lateral. Renê 'acusou o golpe' e situação só foi amenizada quando o volante Rivaldo foi conversar com os colegas.
- Cada jogador tem a sua maneira de cobrar, isso vai da personalidade de cada um. O jogador que recebe essa cobrança, tem que saber lidar com isso. Renê é jovem, vem aprendendo muito e sabe como é o temperamento de Marcelinho, faz parte do futebol. Mas esse tipo de coisa vem de todas as direções, não só com os novatos, mas com os veterenos também - finalizou Magrão.
Fonte; Globo Nordeste.