Santa Cruz admite pouca mão de obra para manutenção do Arruda e busca soluções para reparos.


 Nos últimos dias, as condições estruturais do Arruda foram alvo de críticas por parte da torcida do Santa Cruz após a divulgação de imagens tanto da parte interna quanto da área externa do estádio. Lugares como o banco de reservas, os fossos e o caminho para a entrada das sociais têm apresentado alto grau de degradação e provocaram revolta pela falta de manutenção.

Em contato com a reportagem do ge, o diretor patrimonial do clube, Theodorico Silva, confirmou a veracidade dos registros e afirmou que o clube encontra dificuldade para garantir a mão de obra necessária para a realização dos reparos pendentes.

- Quando foi que, por exemplo, nos arredores do estádio, não tivemos problemas com mato? Hoje posso adiantar que não temos lixo, e que estamos trabalhando para evitar tal situação. A diretoria patrimonial tem 11 funcionários. Destes, três cuidam da administração, financeiro e cobrança. Temos um coordenador técnico que comanda sete profissionais nas áreas de elétrica, hidráulica, pedreiros, pintores e serventes - alegou Theo, como é chamado nos bastidores.

" (É) Muito pouca mão de obra para manter e corrigir as necessidades, pois o nosso patrimônio é equivalente a uma cidade de pequeno porte", acrescentou o dirigente.

As imagens da última quinta-feira, durante o jogo diante do CRB, pela Copa do Nordeste Sub-20, também geraram reclamações através das redes sociais pelo estado do gramado e da pintura das arquibancadas. Recentemente, Theodorico confirmou que o Santa atrasou os repasses à empresa contratada para cuidar do campo, e estava sendo providenciada uma reunião para a retomada dos serviços.

Apesar da grande quantidade de trabalho a ser feito, a expectativa da diretoria continua sendo de retorno ao Arruda para a disputa do Campeonato Pernambucano. A última vez que o estádio recebeu público foi no dia 12 de março de 2020, na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo-PB, pelo Nordestão.

- Nossa arrecadação despencou em torno de 80% em relação às taxas de manutenção das cadeiras e camarotes. Verba esta que revertemos para pagamento de pessoal e compra de materiais, além da contratação de prestadores de serviços para realizarem pequenos reparos e reformas para melhoria do nosso patrimônio. Estamos atuando em várias frentes, principalmente dentro do estádio, partindo do gramado até às dependências superiores.

"Por exemplo, no caso dos bancos de reservas, já estamos com orçamentos em mão e novo patrocinador para bancar financeiramente o serviço e expor sua marca. Estamos trabalhando muito para sanarmos todos os problemas que temos e vamos conseguir colocar a casa em ordem até o final de janeiro", informou Theo.

Por Redação do ge — Recife