Oposição cobra explicações do governo sobre corte de gastos no Estado

O deputado estadual e líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PTB), anunciou nesta quarta-feira (26) que um ofício será encaminhado ao presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Clodoaldo Magalhães (PSB), para que seja feito um convite aos secretários estaduais da Fazenda e de Administração, Márcio Stefanni e Milton Coelho, respectivamente. O objetivo é de que seja apresentado à Assembleia Legislativa o plano de corte de despesas anunciado na segunda-feira (24) pelo governador Paulo Câmara (PSB). Ao todo, R$ 920 milhões é a meta de economia do governo. A expectativa da oposição é de que os secretários se apresentem à Casa já na próxima quarta-feira (2).
De acordo com os dados apresentados por Sílvio Filho, até o final do ano, R$ 155 milhões serão economizados caso o corte orçamentário seja feito. A principal queixa do deputado, entretanto, é com relação ao total gasto pelo Estado. “Queremos saber como será e a partir de quando se iniciará o corte estadual. É importante que a Casa possa tomar conhecimento de como vai se dar essa contenção de gastos”, afirmou. O petebista também criticou a falta de informações sobre os valores reais do governo. “O governador, no começo do mandato, anunciou um investimento de R$ 3 milhões.
Posteriormente, reduziu para R$ 1 milhão. E, hoje, não sabemos exatamente o quanto o Estado já gastou somente neste ano”, disse o deputado.
A Mesa Diretora da Casa ainda pretende se reunir hoje à noite para definir se vai haver corte no número de cargos comissionados e, se sim, a quantidade de vagas cortadas. “Uma coisa é cortar despesas com cargos comissionados; outra é cortar com combustível de viaturas da polícia militar e na área da saúde pública”.
O governo de Paulo Câmara anda preocupado com os cortes que as pastas precisarão fazer e já anunciou que a primeira medida contra a crise econômica será a restrição a shows e festas com o patrocínio público. Além disso, o governador deixou bem claro que ações mais drásticas, como a redução de secretarias, possam ser tomadas, caso o aperto nas contas continue. Além disso, o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) será analisado caso as finanças fiquem abaixo do que se espera para o ano que vem.