Náutico e Bahia se encontram neste sábado, nos Aflitos, querendo repetir exatamente o feito da última rodada do Brasileirão 2012 enquanto mandante e visitante, respectivamente. O Timbu aproveitou a força de sua torcida e massacrou o São Paulo com uma goleada por 3 a 0. O Tricolor de Aço foi a Campinas, venceu a Ponte Preta por 2 a 0 e agora quer mostrar que pode obter outra vitória longe de Salvador. O encontro entre as duas equipes está marcado para às 18h30m (de Brasília), no Recife.
Apesar de apostar na força do "caldeirão dos Aflitos", o Náutico tem uma desvantagem em relação ao time que goleou o São Paulo. O Timbu entrará em campo com três desfalques - Ronaldo Alves (zagueiro), Souza (meio-campo) e Kieza (atacante) - e seu maior desafio será mostrar que as peças de reposição são capazes de garantir o entrosamento suficente para dar outra alegria caseira à torcida alvirrubra.
A esperança da torcida alvirrubra fica por conta do atacante Araújo. Ele balançou as redes no último jogo e é o coartilheiro do Náutico, com seis gols, ao lado de Kieza. O volante Martinez, considerado o maestro da equipe, também é outra aposta da equipe para tentar vencer o Bahia pela primeira vez na história do confronto entre os times pela Série A do Campeonato Brasileiro.
No Recife, a motivação do Bahia é garantir a segunda vitória seguida, feito inédito no Brasileirão deste ano, para deixar a zona de rebaixamento para trás. Atualmente, o time tem 16 pontos e abre a área de degola na 17ª colocação. Além de vencer, os baianos precisam torcer para que Palmeiras e Coritiba, também com 16 pontos, percam seus jogos no domingo.
O Tricolor de Aço aposta em Souza e Gabriel, dupla de ataque que fez sucesso no último jogo. O maior desfalque do time será o técnico Caio Júnior, que pegou quatro jogos de suspensão pela confusão na partida contra o Grêmio. Caberá ao auxiliar Eduardo Barroca comandar o time nos Aflitos.
Náutico: sem quatro jogadores da base do time (Ronaldo Alves, Elicarlos, Souza e Kieza), o técnico Alexandre Gallo vai alterar o esquema tático do 4-4-2 em detrimento do 3-6-1. O comandante alvirrubro deve optar pela entrada dos zagueiros Jean Rolt e Alemão, o meio-campo Cleverson e o atacante Kim. Dessa forma, o Náutico entrará em campo com Gideão; Marlon, Alemão e Jean Rolt; Patric, Douglas, Martinez, Cleverson, Rhayner e Araújo; Kim.
Bahia: com pouco tempo para trabalhar após a partida contra a Ponte Preta, o técnico Caio Júnior deve pôr em campo praticamente a mesma escalação do último jogo. A novidade é a possível estreia do lateral-direito Neto, que foi regularizado 28 dias após sua apresentação. Na zaga, os titulares Titi e Danny Morais retomam seus lugares depois de cumprir suspensão. Fahel também retorna de gancho. A grande dúvida está no meio-campo: o treinador não confirmou quem será o substituto de Zé Roberto, que levou o terceiro cartão amarelo. A expectativa é que Lulinha ocupe a vaga. O Bahia deve ir a campo com: Marcelo Lomba; Neto, Titi, Danny Morais e Hélder; Fabinho, Fahel, Mancini e Lulinha; Gabriel e Souza.
Náutico: o Timbu está cheio de desfalques, três deles suspensos com o terceiro cartão amarelo: o zagueiro Ronaldo Alves, o volante Souza e o atacante Kieza. Além deles, Ramirez sofreu um entorse no joelho e também está fora da partida. Rogério, por sua vez, segue se recuperando de duas cirurgias realizadas no início do ano.
Bahia: Zé Roberto levou o terceiro amarelo e cumpre suspensão nesta rodada. O lateral-esquerdo Ávine continua fora para fazer fortalecimento muscular. Madson, Coelho, Jéferson, Elias e Kleberson seguem no departamento médico. O atacante Cláudio Pitbull, apesar de regularizado, ainda não tem condições de jogo.
Náutico: Elicarlos, Rhayner, Marlon e Ramirez
Bahia: Marcelo Lomba, Kleberson, Diones, Fabinho, Souza, Hélder, Mancini e Jones
Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG) apita a partida, auxiliado por Janette Mara Arcanjo (Fifa/MG) e Marcus Vinicius Gomes (MG). Ricardo Marques arbitrou cinco jogos no Brasileirão, marcou 175 faltas (média de 35 por partida), aplicou 17 amarelos (média de 3,4), um vermelho (média de 0,2) e nenhum pênalti. O campeonato tem média de 4,7 amarelos, 0,25 vermelho, 36,3 faltas e 0,25 pênaltis.
Náutico: o meio-campo Rhayner ainda não fez um gol sequer no Campeonato Brasileiro, mas ele é, de longe, o jogador que mais se movimenta com perigo na área do adversário. Além de bom ladrão de bola, o atleta tem habilidade para marcar, avançar ao gol e servir os atacantes. Não é à toa que ele é conhecido como o "X-Tudo" do Náutico.
Bahia: depois de fazer um gol e dar o passe para o outro na última partida, o atacante Souza foi eleito o craque da última rodada. É com este incentivo que o jogador vai entrar em campo neste sábado, com a expectativa de voltar a balançar a rede e gerar entre os torcedores do Bahia o grito conhecido: ‘O Caveirão voltou’.
Alexandre Gallo, técnico do Náutico: "Mesmo com os desfalques, a gente vai tentar imprimir um estilo de jogo bom em casa, respeitando o adversário. O Bahia é um time forte e que vem de uma vitória sobre a Ponte Preta. Quando você perde um ou dois atletas consegue contornar a situação, mas quando se perde quatro ou cinco, a situação muda um pouco de figura. Espero que os jogadores que vão entrar em campo possam manter a sequência que temos nos Aflitos".
Souza, atacante do Bahia: "A gente trabalha forte para isso. A gente tem objetivos, está trabalhando forte para fazer um bom jogo contra o Náutico e sair de lá com a vitória. A expectativa é muito boa".
* Náutico e Bahia se enfrentaram 11 vezes pelo Campeonato Brasileiro, com vantagem para a equipe tricolor, que venceu sete vezes, contra nenhuma vitória do Timbu. São quatro empates, com 12 gols a favor do Bahia e três a favor do Náutico.
* Pela Série A, as equipes se enfrentaram quatro vezes no Recife, porém, só uma vez nos Aflitos (0 a 0, em1990). As outras três partidas ocorreram no Arruda. Nesses confrontos no Recife, o Náutico perdeu duas e empatou duas.
* A média de gols entre as equipes pela Série A é de 1,3 gols por partida. Em 11 jogos, foram 15 gols (12 do Bahia e três do Náutico).
* A primeira partida entre as equipes na história da Série A ocorreu no dia 22/10/1972, no empate por 0 a 0, no Arruda.
O último confronto entre Náutico e Bahia ocorreu pela Série B, em 2010. As duas equipes jogaram em Salvador, e o Tricolor de Aço levou a melhor com uma goleada por 3 a 0. Os gols dos baianos foram assinalados por Adriano (23 e 38 do primeiro tempo e três minutos da etapa complementar). O Timbu ainda teve um jogador (Tinga) expulso pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio, do Distrito Federal.
Com o técnico Márcio Araújo no comando, o Bahia foi formado por Fernando; Jancarlos (Leandro), Alison, Nen e Ávine; Marcone, Fábio Bahia, Hélder e Morais (Rogerinho); Adriano e Jael (Éverton). No Náutico, Roberto Fernandes dirigiu um elenco composto por Glédson; Walter, Wescley e Márcio Tinga; Wilton Goiano, Rodrigo Pontes, Nilson (Auremir), Giovani (Bruno Veiga) e Jeff Silva; Joélson (Erick Flores) e Geílson.
