Preparadores físicos de Náutico e Sport deixam rivalidade para o campo Carlos Bona, do Timbu, e Eduardo Baptista, do Leão, são amigos há mais de dez anos
“Futebol não é Guerra, é esporte”. Foi com essa frase que os preparadores físicos, Carlos Bona, do Náutico, e Eduardo Baptista, do Sport, definiram a amistosa conversa que tiveram quando as duas equipes se encontraram, coincidentemente, durante um treino físico na praia de Marinha Farinha, litoral norte de Pernambuco.
Amigos há mais de dez anos, os dois não se incomodaram em aparecer juntos, mesmo defendendo cores diferentes, e deram a todos que acompanham futebol um exemplo de profissionalismo, mostrando que a rivalidade não pode servir de pano de fundo para intolerância e violência.
Para o preparador físico rubro-negro, não existe justificativa para que profissionais de clubes rivais não se tratem de forma amistosa, uma vez que todos buscam o melhor do esporte. Na opinião de Eduardo Baptista, foi-se o tempo em que rivais não poderiam, se quer, conversar.
- Não podemos permitir que a rivalidade extrapolasse os limites do campo. Ela só existe quando a bola rola, e acaba quando o juiz apita. Fora de campo, temos que mostrar que futebol não é uma guerra. O Bona é meu amigo há muito tempo. Esse negócio de não cumprimentar o adversário é algo arcaico.
Já para Carlos Bona, a ligação com a família Baptista começou muito antes dele trabalhar nos Aflitos. Afinal, foi o pai de Eduardo Baptista, o técnico Nelsinho Baptista, quem o deu a primeira oportunidade em uma equipe profissional.
- Somos pessoas inteligentes e sabemos separar as coisas. O Eduardo é um amigo e foi o pai dele que me colocou para trabalhar com a equipe profissional da Portuguesa. Espero que as pessoas vejam isso como uma demonstração de respeito e amizade. Damos o máximo por nossos clubes, mas isso não impede que tenhamos uma convivência amistosa.
Fonte: Globo esporte.com/pe