Como uma borboleta no jogo. No Reino Animal do jogo político, a oposição de Toritama segue sem ter seu bicho escolhido para mascote.


As convenções estão chegando, e com elas o afunilamento das campanhas e do debate político. Hora de colocar em prática as estratégias políticas, algo que é muito natural à essa altura do campeonato, porém em Toritama, as coisas parecem estar ainda nebulosas em relação as composições de oposição. A inconsistência da oposição em não conseguir se unir em torno de um único nome, ou mesmo, um dos nomes agradar o eleitorado que segue indefinido do candidato que vai escolher nas próximas eleições, têm feito as pessoas citarem em determinados momentos, que seria interessante o surgimento de um novo nome que pudesse melhorar o cenário para os oposicionistas, além de dar uma opção mais qualificada para o nível do jogo.

Observando os grupos de momento que hoje compõem a oposição, o que se acha mais organizado é o do PSD, que tem Arimatéa como pré-candidato, e mais alguns nomes de vereadores de mandato buscando a reeleição, além de vários postulantes ao cargo, e assim têm se formado um grupo mais completo quando comparado aos demais, que é o caso do PTC que tem poucos nomes para concorrer ao legislativo, e o Cidadania, ainda pior, com um grupo quase inexistente. Correndo por fora, vem o PROS que seguiu com grande maioria dos postulantes à Câmara, que estavam no grupo de Diego Souza, pré-candidato desistente pelo Republicanos, neste caso, o partido não tem candidato à majoritária, mas segue separado dos demais.

Olhando assim, podemos dizer que a oposição hoje é um grupo dividido, ainda por escolher um nome a majoritária para poder unir todos os partidos em prol deSta pessoa, que de longe parece não ter sido escolhida ainda. Embora muitos acreditem que este nome seria o do Presidente da Câmara, ele ainda não conseguiu unificar absolutamente nada, e se está difícil, conquistar todas as bases em torno de seu nome, como será convencer o povo? Até porquê a estratégia de blefar nas entrevistas em falar dos apoios que tem, sem estes existir, não está funcionando.

Diante dos quadros postos e das dificuldades encontradas, será que chegou o limite máximo para a oposição apresentar um novo nome de fato como muita gente têm questionado? Mas quem seria este nome que chegaria como um imã, para fazer todo mundo deixar de lado o individualismo e o interesse próprio em prol de uma aliança forte para uma candidatura propositiva, até porquê, se todos amam e querem o bem da cidade como discursam, deveriam pensar no bem comum do município, ou melhor, deveriam estar se apresentando mais adequadamente ao povo.

E entendendo que na política assim como no jogo dos animais, muito usado para identificar os grupos, é preciso inteligência para saber como de fato encaixar um novo bicho na parada. Na terra onde já disputaram, piriquito, papagaio, urubu, pomba e jacaré, nada impede que de repente a oposição precise se utilizar de um bicho assim como uma borboleta, já que ela é símbolo da transformação, da felicidade, e expressa boas energias e recomeço, que é o que de fato a oposição está precisando, além de renovação. Mas parece que assim como a borboleta, esse nome segue no casulo. Seria esperando o momento certo para abrir as asas, ou um ar mais puro para se apresentar diante à natureza nebulosa da política oposicionista?

Resta aos espectadores e eleitores, aguardar os próximos passos da oposição e suas decisões não tão democráticas. E vale lembrar também, que as vezes para atravessar um território perigoso, é preciso se valer da inteligência e não apenas da força, pois muitas vezes um velho elefante com toda sua força e experiência, pode afundar e se atolar onde uma borboleta pode sobrevoar sem nenhum alarde. 

Por Jessé Aciole