PM defende modelo de escala de folga dos seus integrantes.

A assessoria de imprensa do secretário de Defesa Social, Ângelo Gioia, saiu em defesa nesta quinta-feira (23) da escala de folga dos integrantes da Polícia Militar, que prevê 24h de trabalho e 72h sem.
Caso o policial trabalhe 12h ininterruptas, tem direito a uma folga de 36h. Segundo a SDS, essa escala é a mesma que é adotada para o pessoal da área de saúde.
É por causa da extensão da folga, aliás, que o Governo do Estado criou o “Programa de Jornada Extra de Segurança” justo para permitir que os policiais possam trabalhar em seus dias de folga.
Se a folga fosse apenas para folga (desculpem o trocadilho), não haveria tempo para “bico”. E pelo projeto do governo cada policial em dia de folga pode cumprir até 10 cotas do PJEs no período de 30 dias, pelo que engordará o contracheque com mais R$ 2 mil reais, aproximadamente.
Veja, abaixo, o esclarecimento prestado pela SDS:
I- Diferentemente do que foi publicado em sua coluna da “Folha de Pernambuco” e no Blog que você edita, a Polícia Militar informa que não há qualquer liberalidade na escala de serviço de seus homens e mulheres.
II- A jornada especial de trabalho, em regime de plantão, é semelhante às demais adotadas por várias outras polícias do País, inclusive federais, e normatizada pela Lei Complementar nº 49, de 31 de janeiro de 2003.
III- Dessa forma, é respeitado o regime de uma jornada trabalhada para três de descanso, sendo as mais comuns a de 12 horas de trabalho por 36 de descanso e a de 24 horas por 72h.
IV- É fato, ainda, que pela natureza do serviço policial, qualquer um de nossos profissionais pode ser acionado no dia de seu repouso, no caso de estado de necessidade.
V- Nunca é demais lembrar que, apesar da rotina diferenciada à qual os profissionais são submetidos, pelo estresse e tensão relacionados ao enfrentamento diário da criminalidade, muitas vezes arriscando a própria vida, a jornada dos policiais é a mesma aplicada à imensa maioria dos trabalhadores brasileiros.
Grifo nosso: Isto significa, como já foi dito, que dos 18 mil homens que a PM tem na ativa, apenas 1/3 desse contingente sai às ruas diariamente para proteger a população. Os dois terços restantes estão sempre gozando folga.
Do Blog do Inaldo Sampaio