A UNIÃO FOI ENTRE A SAÚDE E A DOENÇA!

Nos tempos nebulosos de política na Capital do Jeans, muito se têm perguntado sobre o real resultado entre a união Lucinha/Odon. As eleições se aproximam e junto com elas as especulações sobre a paternidade (ou maternidade) das obras, sobre quem fez, quem não fez, quem tinha a caneta ou quem tinha a autonomia. Falei nessa coluna outro dia que Odon demonstrou não ser um político habilidoso por dois erros estratégicos: 1° Aceitar uma candidata à Prefeita em sua chapa (dois corpos não cabem numa só cadeira) e 2° dar autonomia exclusiva as ações da Vice sob a ótica de uma administração parceira e unida. Ora, o histórico de ambos já nos dava uma visão de como seria essa empreitada.
Hoje, rompidos, tentam individualizar e dividir as obras como se fosse um governo e um subgoverno gerido por dois gestores. O grupo da Vice teima em dizer que Agora é Ela porque “mostrou” competência, mas quando indagado sobre os erros da administração, culpam o gestor que detinha o poder da caneta e não aceitava a estrela da Vice brilhar. Acho até injusto se omitirem dos erros de uma gestão que ajudaram a construir. Parece intriga de casal quando se separam após uma traição.
A seguir apontamos alguns pontos fáticos comprobatórios que mostram que os resultados da atual gestão são culpa dos dois:
* A Vice-Prefeita, antes da eleição, já sabia da principal característica de Odon, a ausência de diálogo, o que nos levar acreditar que essa união foi apenas para tirar outro grupo do poder;
* Como disse é indiscutível a autonomia dada por Odon à Sra. Lucinha em seu governo, onde a mesma participou de decisões importantes no início, nas questões orçamentárias, nas indicações de cargos de direção, nas contratações em geral;
* As Secretarias de Saúde, Ação Social, Diretoria de Turismo de outras ficaram sob o comando do grupo da Vice;
* A reforma do Hospital foi feita exclusivamente pelo seu grupo, e até hoje o gestor não obteve conhecimento dos gastos daquela obra, isso mostra o poder da autonomia;
* A derrubada da Maternidade foi feita quando a Vice-Prefeita administrava a saúde;
* Foram 02 anos de participação da gestão fracassada, e hoje cospem no prato que comeram;
* Não podemos eximir a responsabilidade do grupo da Vice-Prefeita após o rompimento, pois eles detêm a maioria dos Vereadores que compõem a Oposição na Câmara Municipal, inclusive a Presidência da Casa, o que também nos levar pensar que todos são responsáveis pelos desmandos e pelas irregularidades dessa gestão.
Como disse, o cargo de Vice seve apenas para auxiliar a gestão na ausência do Prefeito, porém, na campanha de 2012 Odon e Lucinha, juntos e misturados como um casal, foram em todos os bairros, em todas as casas, venderam todos os sonhos possíveis de uma cidade melhor para cada toritamense, hoje é praticamente impossível dissociar um do outro, pois se comprometeram com o povo entre a saúde e a doença, entre a alegria e a tristeza até que o povo os separe.
FILIPE LUCENA Acadêmico de Direito e Comentarista Político