O DILEMA DO PSDB-PE.

Nos bastidores da política na Capital, muito se tem especulado à respeito da posição em que o PSDB-PE adotará no próximo pleito. Na gestão Geraldo Júlio os tucanos aceitaram cargos relevantes e os ocupam mesmo tendo caciques contrários à submissão.
O PSB foi fundamental no apoio à Aécio Neves na eleição de 2014 levando o pleito para o segundo turno e como na política sempre se olha o pleito passado, é bem verdade que os tucanos possuem uma dívida com os socialistas. Assim, Daniel Coelho não poderá ultrapassar barreiras, e sua candidatura sofreu o primeiro revés quando Aécio Neves, como Presidente Nacional do PSDB baixou uma resolução em que toda candidatura em cidades com mais de 200 mil habitantes teria que passar pelo crivo do partido, ou seja, o comando partidário dos tucanos é verticalizado, sendo portanto, muito difícil que no Recife mantenha uma candidatura, tendo em vista o apoio do PSB também nas próximas eleições presidenciais. Os socialistas ficaram órfaos de uma liderança após a morte precoce do seu líder maior Eduardo Campos, e a contar do distanciamento explícito do PT, é notável que será um peso grande no palanque do PSDB tanto em Recife quanto em São Paulo, onde atualmente assumem a Vice-Governadoria daquele Estado na pessoa do líder Márcio França.
Enquanto em Jaboatão o Prefeito Elias Gomes não decide seu sucessor, o PSB caminha numa direção sem volta com dois nomes fortes, o Federal João Fernando e o atual Vice-Prefeito Heraldo Selva que até agora não recebeu o aval de Elias. A propósito, Elias assumirá o comando estadual do PSDB e terá um grande abacaxi para descascar.
FILIPE LUCENA acadêmico de direito