FLÁVIO E A MUDANÇA REPENTINA.

Na manhã desta sexta-feira (29/01) o ex-Prefeito Flávio Lima e a Vice-Prefeita Lucinha Pereira, ambos pré-candidatos, foram à uma emissora de rádio local tentar explanar ou justificar à população de Toritama o porquê de uma união tão dispare e precoce para concorrer às próximas eleições municipais. Na verdade foram mais justificativas que explanações, no que se refere ao passado de ambos, e principalmente do ex-Prefeito.
Falou-se em mudanças, em olhar para o futuro, em focar nos interesses de Toritama. Ora, o discurso é tão fantasioso quanto demagógico, haja vista ter sido proferido por um político rejeitado pela maioria dos eleitores, de um passado sujo pelas próprias mãos e inelegível pelos órgãos de controle. A população está acostumada com políticos dessa estirpe, de tapinha nas costas e com um sorriso no rosto tentando demostrar um populismo medíocre e cuja mediocridade fora comprovada no passado pela péssima gestão, além das constantes ausências do ex-Prefeito na cidade, deixando o povo à deriva de um administrador compromissado com as pessoas. Com o apelido de “Menino”, o ex-Prefeito fez de Toritama uma verdadeira brincadeira de menino, deixando um rastro de irregularidades em diversas áreas, respondendo ainda hoje por 13 processos no Tribunal de Contas do Estado.
Além de mudanças, se falou em esquecer o passado e olhar para o futuro. Ora, mais uma incongruência. O ex-prefeito, assim como a Vice-Prefeita, esquecem que não há presente e futuro sem passado. A História é uma ciência que nos ajuda à compreendermos nosso presente, planejarmos nosso futuro olhando para o passado, justamente para não “cometermos os mesmos erros”.
O povo talvez não entenda como o ex-Prefeito mudou “radicalmente” nesses quatro anos, após a derrota para o atual Prefeito. Talvez tenha crescido e amadurecido o suficiente para compreender que Toritama não é brinquedo de menino, mas uma cidade altiva de um povo guerreiro que merece o devido respeito. O mais difícil ficou para a Vice-Prefeita que, no calor de uma candidatura decrescente, desesperadamente aliou-se à fantasia de um político sepultado pelo próprio povo, sem medir às consequências e levando descrédito de que poderá haver uma mudança com os mesmos atores, com as mesmas cenas e cujos capítulos mantém os mesmos resultados.
FILIPE LUCENA Acadêmico de Direito