No dia em que o volante Hamilton foi desligado do grupo, os jogadores e a comissão técnica Sport presenciaram um protesto de seus torcedores pela falta reforços no elenco. Cerca de 25 rubro-negros recorreram a narizes de palhaço para reivindicar novos atletas para o Leão.
- A cada 15 dias, a diretoria promete que vai trazer reforços e nada. Quero que algum dos diretores apareça, bata no peito e garanta alguma contratação. Mas não trazem ninguém. Por isso que viemos dessa forma, pois eles estão tratando os torcedores como palhaços - disse um dos organizadores do protesto, Rafael Reis.

A mobilização começou na internet, via redes sociais. Boa parte do grupo era formado por crianças da escolinha do clube, que estavam na Ilha do Retiro na tarde desta terça-feira. Apesar da cantoria e dos cartazes, Rafael Reis não acredita em mudança após o protesto.
- Infelizmente não vai mudar muito, mas temos o direito de protestar e mostrar a nossa insatisfação - frisou.
Atualmente, o Sport está com cinco pontos na 15ª colocação - duas posições acima da zona de rebaixamento. O Leão tem duas derrotas (para Bahia e Cruzeiro), uma vitória (em cima do Palmeiras) e dois empates (Flamengo e Santos). No domingo, o time enfrenta o Internacional-RS na Ilha do Retiro, às 18h30m. O presidente do clube, Gustavo Dubeux, garante que até o dia do jogo irá anunciar dois reforços.
Jogadores comentam protesto
A repercussão do protesto entre os jogadores do Sport foi heterogênea. Capitão e jogador símbolo clube, o goleiro Magrão não concordou com a ação dos torcedores.
- São poucos torcedores e eles não representam a nação rubro-negra. É um pequeno protesto que não vai intimidar o nosso grupo. Lógico que ninguém gosta de receber um protesto, mas também não consigo enxergar a razão dessa manifestação.
Por outro lado, o atacante Felipe Azevedo fez pouco caso e vê a situação como estimulante.
- Eu até gosto desses protestos, acho que tem que ter cobrança e isso dá estímulo para reverter o quadro. Entendo que faz parte do futebol, pois viemos de duas derrotas. Dá mais vontade de ganhar - afirmou Azevedo.